Toda pequena, média ou grande empresa possui estoque. A grande maioria entre em colapso quanto a gestão de estoque. Por não ser algo tão simples, a gestão de estoque acaba por ser uma atividade que se baseia em planejamento.
A gestão de estoque nada mais é do que uma gestão dos recursos materiais que podem ajudar a organização a gerar receitas.
Justificativas para o estoque
- Internas: quebras de equipamentos, não cumprimento de prazos e condições de fornecimento pelos fornecedores, fragilidade dos processos gerenciais;
- Externas: variações da demanda, condições climáticas, sócio econômicas;
- Funções associadas ao controle de estoque;
- Determinar o que deve permanecer em estoque;
- Determinar quando se deve reabastecer;
- Determinar quanto de estoque será necessário;
- Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
- Receber, armazenar e atender os materiais estocados;
- Controlar os estoques em termos de quantidades;
- Manter inventários periódicos;
- Identificar e retirar do estoque itens obsoletos.
Por que a gestão de estoques é tão importante?
Empresas fabricantes e montadoras, voltadas para a produção de bens dependem de um controle bem feito de estoque. Um controle efetivo de estoque se dá pelos seguintes motivos:
- Atender às demandas de forma constante;
- Continuidade das operações;
- Economia das operações.
Para se obter uma vantagem competitiva é necessário rapidez e presteza na distribuição de mercadorias. A maioria dos estoques gera algumas vantagens e têm sua importância para melhorar o serviço do cliente, economia de escala, proteção contra mudanças de preço no mercado, proteção contra contingência.
O ideal seria a não existência de um estoque fazendo como fazem os adeptos do sistema Just in Time. Porém a necessidade de estoques não só para consumo interno como também para a continuidade operacional obrigam as empresas a manterem seus estoques.
Objetivos do planejamento de estoque
Objetivo do custo: determinar o ponto ótimo dos custos de armazenagem, de pedidos e de falta.
Objetivo de nível de serviço: atender as necessidades dos clientes em relação a datas de entregas dos pedidos.
Objetivo de retorno de capital: reduzir o volume financeiro empenhado em estoque e ao mesmo tempo maximizar a relação lucro/estoque médio.
Para gerir um estoque existem alguns princípios que devem ser seguidos com vistas a melhorar o controle dentro da empresa.
- Previsão da demanda: uma empresa deve ser capaz de prever suas demandas de bens e produtos em um momento específico do ano. A empresa deve manter um sistema de inventário com base nas demandas;
- Monitoramento do Sistema: um inventário deve ter um mecanismo de monitoramento da quantidade em estoque;
- Qualidade do armazém: o armazém deve ser capaz de manter o estoque em boas condições para evitar o desperdício.
Conforme a metodologia aplicada nós podemos ver algumas diferenças na classificação dos estoques, mas todas concordam que os estoques devem ser divididos por especificação.
O custo de manutenção do estoque é o custo incorrido para manter o estoque disponível. Três são considerados os custos mais importantes:
- Custo do pedido: a cada pedido ou requisição incorrem custos fixos e variáveis referentes a esse processo;
- Custo de manutenção de estoque: incluem custos de armazenamento com altos volumes;
- Custo por falta de estoque: este ocorre quando uma empresa busca reduzir ao máximo seus estoques podendo acarretar não cumprimento de um prazo de entrega.
Fundamentos da Gestão de Estoque
Para controlar o estoque você deve ter em mente que o controle deve ser rotineiro. Utiliza-se a classificação ABC para diferenciação dos produtos por categorias onde determinados produtos irão precisar de um controle maior.
Este controle maior é devido ao impacto quanto ao preço, demanda e facilidade de reposição.
Classe A: principais itens em estoque. Estoque de alta prioridade. Regra de Pareto 20/80, ou seja 20% dos itens em estoque correspondem a 80% do valor do estoque;
Classe B: itens considerados intermediários. Estão abaixo da categoria A. estima-se que 30% dos itens correspondem a 15% de estoque;
Classe C: não são tão importantes como os anteriores, mas sua falta pode inviabilizar a continuidade de um processo. Estima-se que 50% dos itens em estoque corresponde a 5% do valor do estoque.
Estratégias para acurácia
A acurácia na gestão do inventário é muito importante para manter altos índices de produtividade e lucratividade.
A falta desta acurácia pode causar muita confusão no armazém. Existem algumas áreas que parecem ser as principais causas de erros no gerenciamento. Quando o armazém tem vários produtos é muito importante monitorar o estoque.
Previsão de estoque
Informações quantitativas: influência da propaganda, evolução das vendas no tempo, variações decorrentes de modismos, variações decorrentes de situações econômicas, crescimento populacional.
Informações qualitativas: opinião dos gerentes, opinião de vendedores, opinião de compradores, pesquisa de mercado.
Reposição de estoques
- Revisão permanente: continuamente faz-se a verificação e reposição de estoque se necessário;
- Método de duas gavetas: o estoque é dividido em duas gavetas. Findando a primeira, faz-se o pedido. A segunda deve ser suficiente para atender a demanda;
- Reposição periódica: é feito o pedido de uma quantidade determinada em períodos regulares;
- Reposição por ponto de pedido: define-se um nível de estoque que quando atingido, define o momento de se fazer um novo pedido;
- Lote econômico de compra: o objetivo é determinar as quantidades que geram mais economia no processo de aquisição de material.
Com todos os dados deste artigo, você pode perceber que o controle de estoque não se trata de uma atividade pura e simples, mas de um contexto de certa forma complexo de informações e terminologias a serem implantadas para melhor gerir o estoque.
É necessário investir nesta área com vistas a evitar desperdícios ou perdas que podem comprometer o lucro da empresa bem como as suas atividades rotineiras.
O estoque assim como outro ativo qualquer merece uma atenção especial.